quinta-feira, 28 de julho de 2016

Seis sinais para entender a hipocondria


                                             (Novela La hipocondríaca, disponível no Netflix)


Apesar do termo  não  ser mais utilizado pelos médicos, a hipocondria é de fato um problema muito sério que não pode ser subestimado. A errônea convicção por parte do paciente de que sofre de uma determinada doença é uma patologia de verdade, classificada como Transtorno de Ansiedade de Doença.

  
1 – Marcar vários exames e consultas médicas  

Há alguns anos um grupo de especialistas britânicos havia estimado em 2 bilhões de libras o custo que o serviço de saúde do país tem com os hipocondríacos, sem contar o desperdício de tempo dos médicos e enfermeiros. Mas embora estes dados sejam levados em consideração, tratar a hipocondria como um simples capricho de uma pessoa desejosa de atenção seria totalmente equivocado, pois estamos diante de uma enfermidade verdadeira, conhecida como Transtorno de Ansiedade de Doença, que afeta quem é predisposto a manifestar uma particular sensibilidade para alguns medos, respondendo de modo mais intenso a determinados estímulos. 

A primeira dentre as reações exageradas dos hipocondríacos está associada à necessidade de realizar exames e consultas com médicos especialistas frequentemente, na convicção de que haja algo errado, mesmo que na realidade não seja o caso. Além disso, como destaca o site Psychology Today, frequentemente estes indivíduos não se limitam a somente um parecer médico, mas precisam de vários, porque têm certeza que o primeiro médico pode ter cometido um erro que aparecerá em exames sucessivos.


2 – Sempre convencidos do pior

Ocasionalmente todo mundo tem uma dor de cabeça ou de estômago, mas se a maioria das pessoas tende a esperar que a dor passe, quem sofre de Transtorno de Ansiedade de Doença é levado imediatamente a pensar no pior, porque para estes sujeitos uma tosse nunca é somente uma tosse, mas sim o sintoma de qualquer coisa diferente e obviamente muito mais grave. 

3 – Passar horas pesquisando os sintomas online

Existem sites médicos respeitáveis que dão todas as explicações possíveis sobre uma série de doenças e se às vezes estas informações são uteis enquanto se espera até a data da consulta médica, muitas vezes elas resultam completamente contraproducentes, pois podem desencadear preocupações excessivas e, quase sempre, sem motivação. Por causa de tal fluxo de informações, o hipocondríaco passa boa parte de seu dia pesquisando na internet os sintomas da doença que está convencido de ter, chegando de fato a fazer um diagnóstico por conta própria. Um fenômeno conhecido como cibercondria.


4 – Isolar-se

Frequentemente o hipocondríaco se isola de todos e de tudo, com medo de se expor aos germes ou de contrair doenças específicas. É emblemático o caso citado no jornal Washington Post de um rapaz tão preocupado com a possibilidade de adquirir Aids ao tocar pessoas ou objetos que decidiu não sair mais de casa. 


5 – Medir frequentemente a pressão

Apesar de irem sempre ao médico, não ficam satisfeitos com a resposta dos médicos ou com o resultado dos exames e acabam se virando sozinhos. De acordo com o OCD Center de Los Angeles, ter aparelhos como o de medir pressão em casa é um claro sinal de hipocondria.   

Monitorar a pressão sanguínea pode ser problemático para tais indivíduos, pois a ansiedade libera adrenalina, que aumenta tanto a frequência como a pressão sanguíneas, por isso se a pessoa estiver ansiosa toda vez que for medir a pressão, o resultado não será o real e pode aumentar a convicção do hipocondríaco de ter alguma doença séria.

6 – Evitar ir ao médico de qualquer maneira

Pode aparecer uma contradição aos itens mencionados anteriormente, mas é uma outra característica da hipocondria. Algumas pessoas estão tão convencidas de que receberão um péssimo diagnostico que decidem parar de ir ao médico. A consequência de tal comportamento pode ser fatal, como mostra o estudo do The British Journal of Psychiatry, pois a pessoa só acaba descobrindo que há algo errado quando já é tarde demais.  


Texto original em italiano: Corriere della Sera

Traduzido por: Tradução & Informação  

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