(Novela La hipocondríaca, disponível no Netflix)
Apesar do termo não ser mais utilizado pelos médicos,
a hipocondria é de fato um problema muito sério que não pode ser subestimado. A
errônea convicção por parte do paciente de que sofre de uma determinada doença
é uma patologia de verdade, classificada como Transtorno de Ansiedade de
Doença.
1 – Marcar vários exames e consultas médicas
Há alguns anos um grupo de especialistas britânicos havia
estimado em 2 bilhões de libras o custo que o serviço de saúde do país tem com
os hipocondríacos, sem contar o desperdício de tempo dos médicos e enfermeiros.
Mas embora estes dados sejam levados em consideração, tratar a hipocondria como
um simples capricho de uma pessoa desejosa de atenção seria totalmente
equivocado, pois estamos diante de uma enfermidade verdadeira, conhecida como
Transtorno de Ansiedade de Doença, que afeta quem é predisposto a manifestar
uma particular sensibilidade para alguns medos, respondendo de modo mais
intenso a determinados estímulos.
A primeira dentre as reações exageradas dos hipocondríacos está
associada à necessidade de realizar exames e consultas com médicos especialistas
frequentemente, na convicção de que haja algo errado, mesmo que na realidade
não seja o caso. Além disso, como destaca o site Psychology Today, frequentemente estes indivíduos não se limitam a somente um
parecer médico, mas precisam de vários, porque têm certeza que o primeiro médico
pode ter cometido um erro que aparecerá em exames sucessivos.
2 – Sempre convencidos do pior
Ocasionalmente todo mundo tem uma dor de cabeça ou de estômago,
mas se a maioria das pessoas tende a esperar que a dor passe, quem sofre de
Transtorno de Ansiedade de Doença é levado imediatamente a pensar no pior,
porque para estes sujeitos uma tosse nunca é somente uma tosse, mas sim o
sintoma de qualquer coisa diferente e obviamente muito mais grave.
3 – Passar horas pesquisando os sintomas online
Existem sites médicos respeitáveis que dão todas as explicações
possíveis sobre uma série de doenças e se às vezes estas informações são uteis
enquanto se espera até a data da consulta médica, muitas vezes elas resultam
completamente contraproducentes, pois podem desencadear preocupações excessivas
e, quase sempre, sem motivação. Por causa de tal fluxo de informações, o
hipocondríaco passa boa parte de seu dia pesquisando na internet os sintomas da
doença que está convencido de ter, chegando de fato a fazer um diagnóstico por
conta própria. Um fenômeno conhecido como cibercondria.
4 – Isolar-se
Frequentemente o hipocondríaco se isola de todos e de tudo, com
medo de se expor aos germes ou de contrair doenças específicas. É emblemático o
caso citado no jornal Washington Post de um rapaz tão preocupado com a
possibilidade de adquirir Aids ao tocar pessoas ou objetos que decidiu não sair
mais de casa.
5 –
Medir
frequentemente a pressão
Apesar de irem sempre ao médico, não
ficam satisfeitos com a resposta dos médicos ou com o resultado dos exames e
acabam se virando sozinhos. De acordo com o OCD Center de Los Angeles, ter
aparelhos como o de medir pressão em casa é um claro sinal de hipocondria.
Monitorar a pressão sanguínea pode ser problemático para tais
indivíduos, pois a ansiedade libera adrenalina, que aumenta tanto a frequência
como a pressão sanguíneas, por isso se a pessoa estiver ansiosa toda vez que
for medir a pressão, o resultado não será o real e pode aumentar a convicção
do hipocondríaco de ter alguma doença séria.
6 – Evitar ir ao médico de qualquer maneira
Pode aparecer uma contradição aos itens mencionados
anteriormente, mas é uma outra característica da hipocondria. Algumas pessoas
estão tão convencidas de que receberão um péssimo diagnostico que decidem
parar de ir ao médico. A consequência de tal comportamento pode ser fatal, como
mostra o estudo do The British Journal of Psychiatry,
pois a pessoa só acaba descobrindo que há algo errado quando já é tarde demais.
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